segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mudanças no Código Florestal.

As mudanças do código florestal brasileiro propostas pelo deputado Aldo Rebelo finalmente receberam as contribuições da ciência. A discussão já se prolonga há nove meses desde que as mudanças foram aprovadas em comissão especial da câmara dos deputados. Desde então diversos setores da sociedade se manifestaram contra e à favor das mudanças, mas apenas recentemente essa discussão obteve respaldo científico. Segundo o relatório publicado pela Academia Brasileira de Ciência (ABC) e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) é possível expandir a produção agropecuária no Brasil desmatando mais de 103 milhões de hectares sem violar o código atual. Revela também que é possível produzir muito mais utilizando a mesma área que é utilizada hoje pela agropecuária, reduzindo as áreas de pastagem que ocupam quase 20% do território nacional (e chegam ás vezes a concentrar meia cabeça de gado por hectare) e investindo em tecnologia do campo.
Por tecnologia do campo, eu prefiro entender que os ambientalistas estejam se referindo ao desenvolvimento agroecológico, que retira do campo o uso dos malfadados agrotóxicos.
Outra mudança que foi muito criticada pelos cientístas foi a não obrigatoriedade de cumprimento do código florestal em propriedades com menos de 4 módulos rurais. Aparentemente bem intencionada, já que visa apoiar o desenvolvimento do pequeno produtor que se encontra na ilegalidade, esta mudança causaria prejuízos imensos ao meio ambiente, aumentando a poluição e a degradação de encostas e leito de rios em povoamentos rurais. Aumentaria assim o risco de novas catástrofes por enchentes e desabamentos, pondo vidas humanas em perigo.
Seria melhor que, ao invés de criar mudanças ao código florestal, os deputados e senadores estivessem se preocupando com a fiscalização e o cumprimento deste, que nos serve bem. Reduzir esses 61 milhões de hectares de áreas degradadas e esses 83 milhões de hectares de áreas de preservação ocupadas irregularmente, criando condições saudáveis para a vida em todos os habitats. Fiscalizando com mais firmeza, cobrando uma multa que seja maior do que o lucro retirado por esses proprietários infratores. Porque assim, acreditariamos na seriedade deste governo e na sua responsabilidade com as metas de redução nas emissões de carbono até 2020.
É certo que mudanças muitas vezes serão necessárias. Mas a possibilidade do manejo agroecológico em áreas de Preservação Permanente, que é concedida no atual código florestal, já possibilita a produção de pequenos, médios e grandes produtores em áreas de encostas e leitos de rio, sem que o ecossistema seja afetado com isso.
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse que será no começo de maio a votação do projeto de lei que modifica a legislação ambiental. A data prevista é 3 e 4 de maio. Agora, o tema precisa passar pelo plenário da Casa para depois ir para o Senado.


Clique aqui para ler as considerações da  ABC e SBPC:


FONTES:

domingo, 10 de abril de 2011

Produtos Ecológicos

Reconhecendo a importância de fortalecer o pequeno produtor orgânico e agroecológico, dando-lhes a possibilidade de expandir seu mercado e a venda de sua produção, que surgiu a idéia do site Gaia, Produtos Ecológicos. Criar essa ponte entre o pequeno produtor rural e o morador da cidade que anseia por alimentos livres de agrotóxicos e não-transgênicos é um dos objetivos dessa equipe. Fazer dessa ponte um elo de força e sustentação de uma idéia alternativa de produção e consumo de alimentos. Reinventar a lógica da cadeia alimentar do mercado brasileiro, buscando dinâmicas econômicamente viáveis, socialmente justas e ecológicamente sustentáveis.

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