segunda-feira, 30 de março de 2009

Grito de Gaya

"Aprende-se que, na verdade, precisaríamos de poucas coisas. Que a volúpia de possuir e acumular é uma perversão dos civilizados."

Acredito que com essa edição n.13 atingimos uma nova fase desse trabalho. Concluímos que a prática da ecologia e da sustentabilidade precisam ser exercitadas diariamente se quisermos realmente reverter o quadro de desgaste e de penúria que a sociedade planetária está vivendo.

As crises economicas, sociais e ambientais se tornam eminentes. E mais urgente se torna a necessidade de tomarmos uma postura diferente nas relações que estabelecemos com o mundo.

Assista aos vídeos das últimas edições da Revista ECOS clikando no link SementesCaboclas (no lado esquerdo), e conheça um pouco mais sobre as pesquisas que estamos realizando sobre Ecologia e Sustentabilidade.

Nas próximas edições procuraremos mostrar experiências práticas de sustentabilidade que deram certo e se tornaram verdadeiros templos de ensinamentos para uma vida em contato com a Mãe Terra.

Ahooo!

e até a semana que vem...

terça-feira, 10 de março de 2009

O Grito de Gaia



Do coração da Terra surge um grito silencioso. Sutil como um assobio. Um canto fino que atinge a todos os corações com uma força impressionante. Este é o grito de Gaya, nossa nave mãe Terra, chamando todos os seres humanos para despertarem sob as sombras da escuridão.
Não mais podemos continuar a ofender e destratar nossa mãe. Não há mais tempo a perder. Vivemos séculos, talvez milênios, descuidados, venerando ao pai, à patria, e a um velho sistema patriarcal. Sistema que se distanciou da harmonia profunda que a mãe natureza sustenta sobre nós, se desvencilhou dos ciclos naturais que devem ser respeitados como a nossa própria vida.
A Amazônia, hoje “pulmão do mundo”, sofre com esse desencontro entre o ‘desenvolvimento’ e a ‘sustentabilidade’. A busca de um equilíbrio tem despertado a atenção de estudiosos e cientístas. Mas, até agora, o que tem sido feito sobre isso?
Por enquanto, não muito. O que vemos é a expansão devastadora de um processo que, há séculos, vem destruindo a Amazônia. A expansão de empresas mineradoras e madeireiras que, ao chegarem em pequenas cidades, aliciam os moradores a mudarem o seu modo de vida e se empregarem na extração dos recursos naturais da floresta com a garantia de um futuro vistoso para si e sua família.
Porém, em poucos anos, esgotada a extração do minério (bauxita), ou da madeira, as empresas vão embora deixando rios poluídos (em geral com mercúrio, que causa doenças graves, como o cancêr por exemplo) florestas devastadas e uma população que perdeu, junto com as riquezas naturais, seu modo de vida tradicional, saudável e sustentável.
Isso está acontecendo, agora, na Amazônia, em lugares importantes como o Rio Tapajós e a cidade de Juruti, na margem do Rio Amazonas, onde a população local tenta resistir (impotentemente) à força das grandes empresas.
Há também muitos casos de barragens que estão sendo construídas por hidroelétricas que alagam grandes áreas da floresta, onde ocasionalmente habitam povos indígenas e populações ribeirinhas, que são obrigados a abandonar suas terras.
Sem ter aonde ir, muitos deles acabam migrando para a zona periférica de grandes cidades, onde não se adaptam perfeitamente (por terem um modo de vida diferente e conhecimentos que não são valorizados nas cidades) e acabam por inflar as regiões suburbanas que não possuem condições higiênicas e sociais para uma vida saudável.
Como se não bastassem esses processos que agora acomentem o Norte (e talvez o restante) do país, os agricultores que não perderam suas terras por enchentes ou desastres poluentes, tem optado por abandonar a agricultura e investir na pecuária como meio mais rentável de vida.
Assim, em regiões não adequadas, como às margens dos rios por exemplo, vemos as florestas nativas sumindo e dando lugar a pastagens. Isso, além de ajudar na extinção de animais originários da floresta, vem ajudando o açoreamento dos rios, que junto com as florestas, são fundamentais na conservação da biodiversidade e da temperatura agradável do nosso planeta.
Me parece que estamos no limiar, extremamente tênue, de uma era da humanidade. Se continuarmos assim, descuidados com relação a harmonia da natureza, em poucos anos mudanças drásticas irão acontecer no planeta e mudarão, definitivamente, a história da humanidade neste pequena planeta Terra.
Precisamos refletir nossas ações, e para além das palavras, transformar nossas atitudes em ações corretas. Precisamos ouvir o silencioso e profundo grito de Gaya. A Terra chama por seus filhos!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Mapinguari – O Grito de Gaya!



A Festa Mapinguari (dia 12/03, na Lapa) celebra o lançamento da edição n.13 do Zine ECOS – Ecologia Sustentável.


A lenda do Mapinguari, um ser aterrorizante que vive na selva amazônica devorando os lenhadores que querem pôr a floresta abaixo, incorporada na cidade do Rio de Janeiro, revigora o grito do planeta Terra para a depredação ambiental que estamos causando.

Já estão disponíveis também no link Sementes Caboclas (ao lado) as fotos e filmes das edições n.12 (sobre o FSM 09) e n.11 (sobre a Escola da Mata Atlântica). Em breve, nesta página estará também disponível o texto da edição n.13.

Toda a renda do evento será revertida para a Escola da Mata Atlântica em favor da difusão do conhecimento sobre agricultura ecológica e sustentabilidade.