quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Compostagem Orgânica


A terra, como qualquer outro organismo, precisa comer para se tornar forte e saudável. O solo precisa ser constantemente alimentado pela água, pelo ar, pela luz do sol e por diferentes tipos de matérias em decomposição. Essas matérias podem ser tanto animais, quanto vegetais ou minerais. O que quer dizer que podem ser incorporados ao solo diferentes elementos como pedras, galhos, folhas secas, esterco de bovinos e eqüinos, areia do fundo do rio, cascas, vegetais e tudo que puder trazer a ele diferentes tipos de nutrientes.
É importante, no entanto, deixá-lo descansar durante uns dois ou três meses revirando-o de vez em quando. Misture bem elementos secos junto à outros mais úmidos. Isso mantém o composto bem arejado e evita que pragas apareçam. É importante não misturar certos tipos de elementos numa mesma composteira porque muitas vezes elementos diferentes podem ter tempos e necessidades diferentes. Veja mais informações sobre isso em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Compostagem
Banheiro Seco.
Em alguns processos de compostagem, como no caso do dejeto humano, é possível obter gases metano que podem ser armazenados e utilizados, por exemplo, no fogão ou no aquecedor, reutilizando e economizando a energia gasta nas casas. Existem algumas cidades na Alemanha que já aproveitam a compostagem da rede sanitária do município para obter gás natural para a população.
Existe também a adubação verde, uma espécie de compostagem viva, que é o cultivo de plantas "adubadeiras" junto a outras plantas que somente retiram energia do solo. Algumas espécies retiram mais nutrientes do solo do que outras. É preciso estar atento a isso e devolver ao solo um pouco da energia que ele nos dá. Como? Inserindo plantas "adubadeiras" antes ou mesmo durante o plantio de outras espécies.

Na adubação verde aplicamos várias leguminosas como:crotalárias (Crotalária juncea, Crotalária paulina, Crotalária espectabilis, Crotalária gratiana), mucuna preta (Mucuna aterrima), mucuna anã(Mucuna deeringiana),feijão-guandu (Cajanus cajan), feijão-de-porco(Canavalia ensiformis),feijão-de-corda (Vigna unguiculata), tremoço (Lupinus albus, Lupinus luteus, Lupinus angustifolius), labe-labe (Dolichos lablab), entre outros. Contudo faz-se necessário que estudos tentem incorporar plantas de cultivo nativo, na tentativa de amenizar os impactos causados pelas leguminosas exóticas, para determinado tipo de solo.
Além do fortalecimento nutritivo que essas espécies podem fornecer, elas ainda servirão de cobertura vegetal para o solo, quando roçadas ante o começo do plantio. É notável a qualidade que esta modalidade pode proporcionar.