Chega
a hora
de
se construir
Um
teatro mais sério!
Na
desorientação que
se
encontra,
Onde
cada qual
Desponta,
com o seu critério …
Na
escolha de dia e horário.
Logo
a arte
Se
deixa ruir
E
se deita no cemitério
E
onde o artísta,
Este
aí, o caso mais sério,
Se
põe a rondar infeliz
Despossuído
do mistério e
Procurando
a mágica
No
dicionário.
Vê-de
seus olhos
A
linha tênue
E
seu punho executa
Trêmulo
O
caminhar no ar
Em
um barco movido
a
remos
A
imaginação branca
A
capacidade criativa
Que
se arranca
Ponto-a-ponto
Os
extremos.
Que
a mão cega
Não
deixe de lembrar
Que
aquele
Que
navega no Ar
De
certo não precisará
de
remos
Estou
pronto
em
começar
a
tal batalha
o
que tiver que vir
desejo,
apenas,
que
venha
e
que valha;
mais
peso que uma pena
mais
ao coração
que
ao sistema
e
mais condecoração
que
uma medalha.
Ando
logo, ouvir
Da
poesia:
_”que
se oferecia,
que
era desconexa.”
É
algo que, diria…
Não
me interessa.
Por
isso, agora começa um dia, hoje em dia,
Onde
se vive frenéticamente
Mas
eu diria com calma e sem pressa
Que
agora começa
Um
dia
Hoje
em dia
Onde
se vive
Se
vive …
Onde
se sente.
Olá
cidadão!
Bem
vindo a você mesmo!
Se
acomode pelos braços, pelas pernas, pelos sentidos…
Sinta-se
em casa ….
O
que mais vale é cuidar do que é Seu. Seja o que for que Deus tenha lhe deixado
de Presente.
Tu
tens esse corpo,
Tu
és o que vês
Tu
és o que ouves
Tu
és o que sentes...
A
tua casa, a ti pertence.
Não
malogra teu corpo
Portanto
A
ele defende
Quando
fores oprimido
Não
deixai pestes e germes
Perambularem
sem perigo
Sejai
decente
E
não aceita dos outros,
Nenhum
castigo.
Seja
vizinho, amigo, inquilino
Seja
toda gente…
Feche
a porta
Apare
as frestas
Pare
festas!
E
quando ficar torta
E
sem mistério
A
terra inverterá
Seus
hemisférios.
Uma
luz antiga
Virá
de muito longe!..
Você
sentirá
O
sol mais perto
O
horizonte…
Quase
surdo
Você
vai ouvir um eco
Tão
distante
E
ao mesmo tempo
Tão
profundo !!…
Você
estará chegando perto
Chega
a hora de você
Se
encontrar com o mundo.
Ator
da miséria e da fome, vê na desgraçada sociedade os gérmens da desiqualdade e a
mancha escura sobre o teu nome. Caminha sem ter aonde ir, do flagelo não pode
fugir. E veste a dor como necessidade de integração e unidade, de todos os
carros, prédios, momentos de tédio, cidade ... vivendo o destino de toda a
humanidade.
E como quem olha cansado,
vê um mundo tremendamente escandalizado, corre ... como num sonho de infância,
felicidade e alegria de criança, sem ver a feroz máquina que lhe guarda a morte.
Pensa na natureza da existência e se sua vida toda toma consciência,
reconquistar de novo o mundo será questão de sorte.
Assustado,
freia, e o carro lhe para em cima; no ar o sopro do martírio e a violência
suicída da buzina. Misteriosa vida de miserável no conturbado centro urbano,
que sofre mendigando o fim, pois o teu chegou assim, no centro, sob centenas de
olhos humanos.
Mais um salvo no alvo,
obscuro sacrifício da terra ... e deu o salto certeiro, na fúria do grito
derradeiro, a provocar a comunidade da fera. A todos nós ficará a ruína, entre
a rudeza de toda tecnologia fazer surgir uma nova era.
Há aquele que não cansa e
grita: Chamem a ambulância, é a vida! ... mas todos olham o agora, cantando
juntos a despedida, por quem veio e está indo embora. Há também tantos feridos
nesta guerra, fardados de medo, perdidos nos guetos da novela que a cada
segundo recria a fome, o frio e a criança que vive a aurora da infância e
enxerga a feia devastação da mãe-terra. Mas não há como botar seu freio
no meio do dinheiro e sobre a ética, dizer que o fim do mundo é dor estética,
convencido de que nosso plano não tem mais jeito.
E o coração a abraçar todos
os amigos da terra procurando conter o frio, melhor todos nós juntos sermos Um
do que cada um ser o seu eu vazio.
Ver o fim de tudo, na
esquina, é como antecipar o apocalypse, e jogar flores ao fatídico. Mas nós que
não estamos mortos e sabemos, a paciência da guerra, que teremos, ao banhar
nosso sangue em álcool etílico. Vamos longe porque precisamos derrubar tudo,
vitrinas capitalistas do velho mundo e relógios que contam o nosso tempo de
pressa. Memórias que matam os povos vencidos da história, pois o que há que foi
esquecido, como um pobre morto e vencido, atropelado, sem nome e sem glória?!
E
como todos sabemos em passeata, bomba nuclear é o poder da sonata que cantam os
corações dizendo não a guerra. O forte grito ecoou no coração do mundo, como
quem viu o alegre defunto no canto humano de paz na terra.
Na esquina morre a paz no sorriso
brando de um louco, de hoje em diante é um atrás do outro, dias de morte e
martírio. Pois quando passa fome, sente, mesmo a própria mãe, a necessidade de
assassinar teu filho.
Abre teus olhos, nós somos
filhos do livro e da nova era. Tempo de natureza, das belezas da eternidade da
terra. Acenda a luz, contra tudo, e cantemos unidos, o lema: a Arte contra a
guerra.
Violentamente brilha a flor
do novo tempo no céu, na terra, na alegria e a natural psicodelia é um por
todos e todos por Ela.
Caído nas origens de um festival
de danças, de músicas, de palavras... ás vezes quase versos, que dão movimento
aos teus sentidos. Caído na calçada, cidade de agonia e correria, músicas
poluentes e atrapalhadas. Caído na miséria, sem nome, na rua onde ser homem não
é nada. E tudo cai.
E cai a chuva e alaga a cidade, os milhares de
mendigos se deslocam procurando um abrigo no coração de alguém. Músi ca de um
mundo com pressa, tempo de lucrar com teus sonhos na bolsa de valores. Na rua,
poetas, mendigos e vendedores. O homem se vira, toca em seu lábio em um
instante de silêncio e delicadeza. A realidade esconde e escancara as palavras
que não disse; e que daqui para frente, dizê-las vai ser diferente.
Um grito de agonia surge nas idéias, alguma
coisa relativa com a saudade do manifesto. No botequim, um homem de barba toma
um gole de submissão ao mercado internacional. História que foi definida na
inconsciência do povo e na inconsequência de seus imperadores. Mas aqui,
perdido no industrialismo do século seguinte, o mendigo caminha procurando a
nova história do tempo. Que contam os relógios em seu frenesi sem sentido.
Sentido?
Caminhos de arte, vida que leva a porta do
teatro, o mendigo encontra seu lar:
silêncio no escuro, uma sociedade concentrada para o
primeiro ato, que vai começar...
_Silêncio,
por favor!
Paisagem
As crianças correm...
e Morrem, ainda
Infantos
Pequenos galhos
desmatados
Flores cortadas da
Paisagem
De um lado, bota de
passo pesado
Jurisdição medíocre
Postiça
Enquanto nossos
feijões, em Bancos na Suíça
Loló que derrete as
Crianças da Cidade
PRESSA!
Estar
com pressa,
é
o momento indeciso
de
estar atrasado ...
Pôr-do-Sol
no
Horizonte
Psicodélico
Palavras
novas,
galhos
secos e gélidos
de
natureza Automotiva
e
desmatada ...
Morre
o tempo
em
Ponteiros incabíveis.
Amor
sem tempo?!
15
milhões de ruas
Amontoadas
Relógios
que matam
de
Fome
Histórias
novas mal contadas
Passos
de uma revolução
Atrapalhada
Poeta da Fome
Quanto
come um homem?
um
prato de poluição funesto?
Refeição
que se faz
da
Arte em Manifesto,
Me
diga você! Que não passa Fome,
Mastigas
a honra,
luxuoso
homem
Alimentos,
da mão pobre
a
outra mão
Miséria
na rua da indigestão
e
o bom homem, me diga!
o
que come?
Vive
num mundo de
extrema
beleza
e
não encontra vida
no
meio do caos da Cidade
se
toda comida falta,
nas
máquinas, sem felicidade
Em pura terra comeria
Natureza,
se o dono comesse a flor
da Igualdade
o homem não comeria miséria,
ignorância e Mediocridade.
Ontologia
na Mente, palavras que
eu nunca escreverei.
Meu corpo e meus sonhos
viajam eternamente
entre as antípodas do Cosmo.
Dentro de um buraco negro ...
dentro de mim.
gotas e células e desejo ...
e eu!
Roubando a carne de seu dono,
de um dono, de qualquer
dono.
Pensar meu, que
se habitou em mim ...
Fui o que nunca fomos,
existiu aquilo, somente,
que inventamos.
Medo, morte, fim! ...
O
tempo toma os meus sentidos.
Força
Natural
Máquina movida a vaco!
Veneno Absurdo que
domina teu Cerebelo; ...
Poluição democrática
imoral,
falsa ideologia Nacional
que se move estúpidamente
contra um mundo Inteiro!
Ah ... bela Natureza,
que envolve e oculta a
inquieta Solidão
Versos de um Poeta tolo,
cultura
ansiosa de um
maravilhoso
Universo Natural,
força que move
mais esta
Canção
!
Cale-se!
Tudo passou,
ficamos sozinhos
no brilho
na esperança da
morte
correndo em
trilhos
e agora, nós te
odiamos
fez-nos viver os
sentidos
pulando
infinitos
ouvindo teus
ritos
rítmicos,
miseráveis, humanos ...
e Não guardaremos
tuas cores
cinzas
tuas palavras
estranhas
saímos, ao ver
tua façanha
de tentar
escrever nossas vidas
Voltamos sem ver
a beleza
de tão infinita
natureza
de longos dias
de Sol
Não somos tão
jovens,
insanos ...
máquinas, ás
vezes humanos
masturbando sonhos
escondidos sob o
lençol
Oremos!
um
Novo dia
nasce
nos sonhos ...
versos,
canções, hinos
aguardamos
nossos Destinos
cantando
junto dos anjos
sorrimos,
acordados
no
Novo Mundo
perdemos
a fúria do Dia
adentramos
sentidos
profundos
Amor?
Perdemos
você na história
morreremos
no escuro
se
não deixarmos tudo
antigo,
obscuro e sem glória
Oremos!
...
pelo
insano, e que não se
vejam
mais anos
de
morte, miséria e protestos
sonhamos
o Novo tempo
juntos,
no delírio dos Versos
Ainda
te encontro
Cansado da paciência
do triste
comodismo do
incomodado
Passo ao lado
em flores, meus
sorrisos
de querer te
incomodar
em versos, aos
amigos
que nasceram para
mudar
Corro riscos
de encontrar
Soldado morto
ou miserável
homem
absorto
nesta poeira sem
asas
que nos impede de
voar
Canto nos ares da cidade
um pouco mais que
a liberdade
o sorriso na
sociedade
de ter incomodado
o
homem certo que
eu devia
incomodar
Ao Destino
jogas o amor de
tua vida
à pura sorte
mas teme-o, ele o
Destino
pois tua canção
é um hino de morte
Há, sim, o dia
certo
de todas as
paixões
Há sorrisos,
e sede de loucos
louvados
a escrita de
muitas canções
paraísos
momentos de secos
aplausos
Quando não
encontrares
os melhores
caminhos
dirás:
_Destino, tu não
há. E eu,
não sou teu
filho.
Tens então que
procurar
verdades dentro
do peito
reclamando do tal
imperfeito
que não cantas
todos
os hinos.
Farás tuas
próprias canções
e glórias a tua
autoria
estarás enganado,
mal enganando
o destino
que
tudo sabia.
Caravana no Planeta
Argumentos
alimentícios
da
triste,
e
incongruente Falência
Farrapos,
anti-humanos,
sobra
que existe,
na
mais do que retratada
Miséria
Pele
suja, suor ...
que é transformado
em Ouro
pelo Alquimista
Hipocrisia
hipocondríaca
do
egoísmo
Veneno burguês, cinísmo
redoma incoercível
caída na Mão do Artista
Vê-se
no balcão
o Comércio de teus Orgãos!
no lixo da
Rebeldia desalmada
Agressão política !
E
no Surdo Hino da 0
República,
cantam as fronteiras
da paz
Gritando
a Pátria
de um
imenso
Novo Mundo !
Neo-movimentação
O espaço é conquistado
pela Arte,
no arremesso infinito
do Mundo sem-fim
O tempo,
e a sincronia da Revolução
são o tempo do
não-tempo
o tempo absoluto,
no instante de todos os tempos
A caminho do mar
sinto a aventureira ânsia
de movimentação ;
a solidão transcendente
de meus sentidos que
ecoam profundamente
na mente
de um inquieto Universo
Passo de todos os
Caminhos,
o destino presente
nesta sagrada
e profana
continuidade ...
Continuidade continuíssima,
espaços neológicos de
neo-termos flotoboiantes
magnólios e espaço-espirais
Tal é a bruta Sideração
na flor de uma semente
tal é o broto de uma
Poesia
de braços abertos
Caminhando
sobre o Novo Tempo
Aos Estétas
da história
Se eu
escrevesse sobre o futuro
certamente,
eu
descreveria
o fim do mundo
O homem
seguiu, como se disse
até as
últimas palavras do Apocalypse
Desesperado,
como eles dizem
busco entre
as escadas falsas da história
as palavras
verdadeiras da origem
sentindo em
tudo indigestão
procuro não
seguir nenhum estilo
lendo
aquilo que vivo
aprisionado
na jaula da civilização
Não sou
trovador, não falo de amor
Filosofia,
qualidade científica
sou livre o
quanto posso
não sou
mercado, não sou pós-
guardo na
verdade desses ossos
palavras de
um neo-ser vivo
E digo, a
tudo quanto menosprezei
o que é o
fato do último ciclo
acabaram-se
os temas, os poemas
em pouco,
acabará também tudo
e daqui por
diante, nem canção, nem rito
nada mais
poderá ser dito