sexta-feira, 3 de abril de 2009

Caio na rede...

Um dia, deitado à rede, numa trânquila e sorrateira tarde de quinta, ocorreu-me o pensamento de que tínhamos inventado uma coisa extremamente simples, que é ao mesmo tempo um produto muito sofisticado, que nos envolve e acalenta num delicioso balanço aconchegante.



Uma rede!

União de diversos pontos, milhares de linhas isoladas, movimentos entrelaçados e descontínuos, que dentro desse imenso emaranhado, cumprem seu importante papel. O papel de formar uma rede. De ser um elo de força que sustenta e se junta, numa perfeição caótica, para realizar um plano maior.

Deitado à rede, abri meu caderno.

Através dele me conecto a uma outra rede. Nesta, sou apenas um laço, um pequeno pedaço, um sonho de alguém, que está deitado à sua rede agora, lendo, escrevendo e navegando em seu pequeno caderno. Meu caderno aberto mostra o que estão pensando outras pessoas, em outras partes do mundo... caminhando com seus cachorros pelas ruas, subindo montanhas assombrosas, realizando projetos inovadores... Todos acomodados a rede! Envolvidos e acalentados pelo balanço das ondas da tecnologia. Que está nas coisas mais simples da vida, que está no ar.



Este meu pequeno caderno, ah... este pequeno caderno sempre pode me levar a algum lugar, me mostrar um desenho, as condições do mar, um raro amigo.

Este pequenino caderno, amante moderno, que anda sempre comigo.