segunda-feira, 21 de julho de 2008

O que precisamos entender sobre o caso da Aldeia de Camboinhas.

O que precisamos entender sobre o caso da Aldeia de Camboinhas, é que:
Há milhares de anos, o povo Guarany vive em harmonia com os elementos da natureza, com os seres, com as pedras... plantando sua roça consorciada (método hoje conhecido como agrofloresta), preservando a água, as plantas, respeitando as épocas e cios da terra... nomeando e dando vida as coisas a sua volta. O nome Niterói, por exemplo, é Guarany; e quer dizer Baía ou enseada, nome que eles chamavam a atual Baía da Guanabara. Carioca, Guanabara, Itaipu, Piratininga... entre outros nomes de localidades do entorno do Rio de Janeiro, também de origem tupi-guarany, são exemplos da dimensão desse povo que aqui vivia de maneira "sustentável" e naturalista muito antes de nós.

Há 500 anos, a cultura ocidental atropelou o Saber Ecológico e espiritual da cultura ameríndia. Queimando tribos, matando índios aos borbotões. Hoje, vemos que o "processo civilizatório" continua em voga atropelando a cultura índigena e seu Saber Ancestral enquanto o sistema capitalista caminha rapidamente (lembremos o PAC, plano de aceleração do crescimento) para o colapso e para o caos absoluto. Acusar os Guarany de degradação ambiental é um absurdo, como afirmou o Cacique Darci, enquanto centenas de prédios estão ocupando uma área de restinga que foi misteriosamente subtraída, há alguns anos atrás, da área de preservação integral que delimitava o Parque da Serra da Tiririca.

Vejam também o discurso do Cacique Darci na Audiência pública na câmara dos vereadoresde Niterói:
http://br.youtube.com/watch?v=ZQfF32o42eU

Nós temos muito a aprender com os índios Guarany!!
Precisamos reaver nossa postura histórica, ainda que tardiamente!!

Viva os Tamoios, povos defensores da saúde da Terra!!!
Não deixemos que os Guarany Mbya sejam tirados de lá!!!

Ahooo

Um comentário:

Mateus disse...

é irmão existem vários elementos que deixam quela situação complexa. O diálogo e o respeito ao território dos atepassados indigenas deve nos nortear, mas ali ao lado vive tambem uma comunidade de pescadores( Caiçaras)que usa a lagoa e o mar e que certamente irá interagir com eles. Existe também uma burguesia que se sente afrontada e que como vimos é capaz de incendiar ocas com crianças dentro. Vamos nos aproximar e registrar cada momento para termos documentos ilustrados em favor de nosso irmãos. o meu blog é http://mateusblogado.blogspot.com